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Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde cita relevância dos cursos de odontologia da UNA-SUS/UFMA no 30º Encontro Nacional da Rede

Ana Estela Haddad discursa no painel “Saúde digital na formação e educação permanente em saúde”.

O 30º Encontro Nacional da Rede UNA-SUS acontece de 22 a 24 de novembro, em Campo Grande/MS, sob o tema “Educação Permanente: Desafios contemporâneos e contribuições da Rede UNA-SUS para a qualificação em saúde”.

O segundo dia do evento começou com o painel temático “Saúde digital na formação e educação permanente em saúde”, com a participação da secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (SEIDIGI), Ana Estela Haddad; e do Prof. Dr. Juliano de Souza Gaspar, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A mediação foi realizada pelo assessor sênior da UNA-SUS, Francisco Campos.

A Secretária da SEIDIGI falou sobre a criação da secretaria, que tem como missão a transformação digital do SUS, maior acesso aos serviços de saúde e continuidade do cuidado. Além disso, promove o uso ético e crítico de novas tecnologias digitais, inovação, acesso aberto e a interoperabilidade e proteção de dados.

Abordou também a criação da SGTES, iniciativas bem-sucedidas de saúde digital dentro do Ministério da Saúde, como o Telessaúde, Teledermatologia, Teleoftalmologia. Citou também o exemplo da UNA-SUS/UFMA e os cursos sobre saúde bucal e o projeto Primeiros 1000 dias que mostra como a Odontologia pode ajudar na prevenção de doenças infectocontagiosas dos recém-nascidos. Além do Conecte SUS, Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e a reativação da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA).

“A UNA-SUS tem papel muito forte para desempenhar. A Rede é inovadora, focada e foi muito importante no período da pandemia, quando os profissionais de saúde precisavam de informações sobre a COVID-19. Não podemos perder essa potência da Rede”, afirmou. “Podemos colocar essa potência a serviço da educação permanente em saúde digital. Precisamos construir isso juntos”, sugeriu.

O professor Juliano Gaspar deu um panorama sobre a educação em saúde digital no Brasil. “O país vem passando por uma transformação digital na saúde, necessitando de uma grande demanda por profissionais qualificados, o que torna essencial o crescimento da oferta de cursos de formação e educação permanente em Saúde Digital”, afirmou.

O professor falou sobre a necessidade de atualização constante de aperfeiçoamento das habilidades e conhecimentos na área, por ser um campo que está sempre em evolução, especialmente diante dos avanços rápidos na tecnologia e nas práticas de saúde. “O aprendizado baseado em competências é uma abordagem educacional que se concentra no desenvolvimento e na demonstração de habilidades específicas, conhecimentos e atitudes necessárias para uma determinada profissão ou atividade. Não precisamos ensinar só a teoria, mas capacidades e a habilidade de fazer bem feito.”

Abordou também a Prospecção dos cursos sobre Saúde Digital no Brasil, que identificou as ofertas de formação e educação permanente em Informática em Saúde em Instituições de Ensino Superior públicas e privadas e institutos técnicos no Brasil. Foram encontradas 57 ofertas de cursos formação relacionadas à Saúde Digital. Juliano citou algumas dessas ofertas, como Atualização Profissional em Saúde Digital (PAP-SD); Educa e-SUS APS; Especialização em Informática em Saúde e Pós-graduação Lato Sensu em Saúde Digital da UNA-SUS.

O segundo painel do dia teve como tema “Programa Mais Médicos para o Brasil: experiências de educação permanente em saúde para o fortalecimento do cuidado na APS”, com participação da Diretora do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária do Ministério da Saúde, Luciana Maciel; a coordenadora do curso de especialização de Medicina de Família e Comunidade da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Leika Geniole e mediação do coordenador da UNA-SUS/UFOP, Leonardo Savassi.

A diretora apresentou dados sobre o programa, que tem como objetivo capacitar profissionais para a Atenção Primária à Saúde. Além de diminuir a carência de profissionais de atenção primaria nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir desigualdades na área da saúde; fortalecer a prestação e serviços na APS no país; aperfeiçoar médicos para atuação nas políticas públicas de saúde do país e na organização e no funcionamento do sus e ampliar a oferta de especialização profissional nas áreas estratégicas para o SUS.

O impacto do Programa Mais Médicos em Campo Grande foi abordado por Leika, que trouxe dados do estado. Com a adesão ao Programa a inclusão de 37 novas equipes de Saúde da Família, o estado atingirá 100% de cobertura na APS. “Teremos um movimento de reestruturação da APS no município, melhorando sua resolutividade, vamos otimizar as estruturas físicas e reduzir o tempo de espera em consultas agendadas”, explicou.

À tarde, o Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, Prof. Dr. Henrique Sartori, fez a palestra de aquecimento para oficina de trabalho, com o tema “Qualidade na educação online: o que fazemos e em que precisamos avançar?”. A mediação foi de Rita Tarcia (UNIFESP). No final do dia, foi realizada a oficina e a reunião de coordenadores da Rede.


Fonte: SE/UNASUS.

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Data de Publicação: 23/11/2023